segunda-feira, 31 de agosto de 2015

ENGENHOCAS

CARRINHO DE ROLIMÃ...

Á muito tempo atrás, quando seu avô era garoto ele devia se divertir descendo ladeiras com carrinhos de rolimã.Hoje em dia não temos mais esse costume de brincar como eles, mas temos ainda a chance de saber como era isso.Então vou explicar para vocês como se faz um!

Um carrinho de rolimã consiste em uma tábua, dois eixos, e 4 rodas.


Sobre Carrinho de Rolimã:

Carrinho de rolimã, carrinho de rolemã ou carrinho de rolamentos é o nome dado a um carrinho, geralmente construído de madeira e rolamentos de aço, feito por crianças para a disputa de corridas ladeira abaixo.
A construção de um carrinho geralmente é artesanal, isto é, feita com ferramentas simples tais como martelo e serrote. O carrinho pode conter três ou quatro rolimãs (rolamentos) (quase sempre usados, dispensados por mecânicas de automóveiss) e é constituído de um corpo de madeira com um eixo móvel na frente, utilizado para controlar o carrinho enquanto este desce pela rua. Alguns colocam um volante pregado no eixo através do prego o freio deve ser um pouco maior que a distância do carrinho até o chão. O freio deve ficar em posição diagonal, e para diminuir a velocidade deve puxar-se o pedaço de madeira para uma posição em que encoste no chão.
Surgimento no Brasil:


Não se sabe ao certo a história do mais radical dos brinquedos das crianças da década de 70 e 80 da região sudeste do Brasil. Pode-se dizer que os primeiros exemplares foram construidos em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, no final da décadas de 60, começo da década de 70. Explica-se. O principal material, as rodas, eram rolamentos conseguidos em oficinas de manutenção de automóveis. As oficinas em questão davam manutenção aos carros daquela época, os Chevrolets Belair, os Fordões 50 51, os Pontiacs os Mercuries os Dogdes e os sofisticados Oldsmobiles, todos carros importados. 


Os rolimãs bons para fazer os carrinhos vinham da transmissão carrões americanos. Mas também qualquer carro nacional também descartavam estas peças, e oficina para consertar as antigas latas velhas que zero Kilometro já apresentavam problemas com ruas esburacadas e falta de via apropriadas para o trafego de veículos.
O maior problema era conseguir as rolimãs, sem pagar nada, simplesmente pedindo e as vezes executando pequenos serviços das oficinas, na maioria das vezes de limpeza para obter o prêmio.


Engraçado que carrinho de rolimã era brinquedo dos meninos mais pobres ou com menos condições que não podiam ter uma biclicleta, mas tornou-se o pai, hoje avô dos brinquedos radicais no Brasil.

Os carrinhos de rolimã eram levados as ladeiras asfaltadas e que igualmente somente se popularizaram com a urbanização das cidades igualmente na época de 60 e 70, o que novamente confirma a época aproximada do surgimento deste brinquedo. 

A Construção do carrinho:


Conseguindo o material industrializado mais difícil e importante, todo o resto era de fácil aquisição por qualquer “moleque” da época, ou seja, o “chassis” era madeiras utilizadas em construções para enchimento de colunas com largura entre 20 e 30 Cm, Estas medidas eram obtidas a serrote e não podia faltar o corte do bico, em forma de V para caracterizar a frente do carro. Para os eixos das rodas sarrafos de pinho também material de construção. A madeira era e facilmente encontrada em qualquer obra da rua. Já os pregos eram facilmente obtidos nas mesmas construções já citadas e nas feiras livres dos bairros, que também forneciam outros tipos de matérias de caixotes. Para personalizar as “ferraris” de cada construtor. Ainda faltavam duas coisas muito importantes: um parafuso de uns 15 cm com porca e arruelas e fazer um furo no bico do carrinho para montar o eixo da frente.
Para o parafuso, a solução foi lançar mão de meu estoque de fios de cobre acumulados em formato de bola e vendido junto ao ferro velho para a aquisição do parafuso, única coisa que não dava para improvisar muito. Para o furo, voltamos as construções do bairro, como não tínhamos furadeira, foi necessário improvisar o pedido de ajuda ao mestre de obras que atendia gentilmente a todos os “pilotos construtores do bairro”, pois sem esta ajuda era impossível fazer os furos sem danificar as madeiras conseguidas com tanto sacrifício. Uma semana de trabalho e o carrinho estava pronto.
Nos Estados Unidos da América existe um veículo semelhante chamado de Soapbox, que não usa rolamentos, mas rodas e uma estrutura mais complexa. Na Austrália existe o Billy Carts que é mais semelhante ao modelo brasileiro. A similaridade dos veículos é a ausência de sistemas de propulsão tais como motor ou engrenagens de força humana ou outras fontes de energia
Aperfeiçoamentos:

Rolamentos: Quanto maior menos aceleração e mais velocidade, quanto menor mais aceleração e menos velocidade.(relação com o raio do rolamento) geralmente essas corridas de carrinhos ocorrem em ruas de bom asfalto e pouco movimentadas, podem ocorrer também em parques onde situam-se locais (pistas) apropriadas.


Segurança: Revista com um pedaço retangular de borracha velha nos pontos onde há ligações feitas por ferro, por exemplo, a liga no eixo dianteiro com o chassis.


Freios de mão: Para uma frenagem realizada com menos força, você deve aumentar o espaço entre o ponto que segura o freio e o ponto onde você segura.ex: se entre o chão e o ponto do freio é 10 cm e entre a tua mão e o ponto do freio é 30 cm

Logico, que este modelo é atual, mas no por volta de 1990 na época em que brincávamos era um pouco mais rustico,feito com madeiras encontradas nas construções antigas e  claro adaptadas com extensores para caber mais gente... era muito mais diversão.



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